sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Oi? Nana Gouvêa desabafa: “Por favor, parem de me pedir dinheiro!”

FAMOSIDADES
RIO DE JANEIRO – Morando em Nova York, nos Estados Unidos, desde 2011, Nana Gouvêa fez um desabafo inusitado. A atriz contou que tem recebido diversos pedidos de ajuda após ter se mudado para a cidade norte-americana.
“Amores, não que eu queira ser rude, mas já sendo… E apenas para quem a carapuça servir: Eu não sou agente de viagem, portanto não sei recomendar melhores hotéis com preços mais baratos em Nova York. Se você veio a Nova York e eu não tive tempo de tomar aquele café ou jantar com você, como você queria, é porque eu não estou aqui a passeio. Eu moro aqui! Não sou turista! Estudo horas e horas por dia! Cuido da minha casa e do meu marido. Mereço ter tempo para cuidar de mim também e descansar quieta na minha casa sem ter que ficar perambulando pelas ruas", desabafou.
A modelo continuou: "Não! Eu não sei onde são esses shoppings miraculosos que vendem tudo muito mais barato, provavelmente deve ser alguma ponta de estoque… Eu compro pela internet. Eles entregam na minha casa e não tenho que destruir meus saltinhos, que não são nada baratos, nas ruas de Nova York”.
Nana reclamou que as pessoas têm a chamado de “egoísta” por não ajudá-las. "Gente, eu não faço milagre! Tem gente que vem aqui me pedir pra ajudar a colocar o filho pra jogar futebol em algum time importante! Era só que me faltava! E quando eu falo que não conheço ninguém nesse mundo do futebol, a pessoa ainda se magoa e acha eu estou de má vontade! Deus do céu! Outros acham que meu marido vai contratá-los e fazer deles POP STARS… Sério? Fora os que vêm aqui me pedir para ‘colocá-los na Globo’… Eu peno para conseguir trabalho até para mim. E ai como eu não posso ajudar, a pessoa me chama de egoísta. Ah vá."
Para finalizar, a artista pediu que parem de pedir dinheiro a ela. "Eu e meu marido juntos temos cinco filhos para ajudar e sustentar. Vocês podem, por favor ,parar de me pedir dinheiro? A vida não é fácil pra ninguém. Inclusive, me lembro bem de quando eu precisei de ajuda no passado e cansei de ouvir: ‘Mulher bonita só passa falta das coisas se quiser’. Pois é, ninguém me ajudou não, viu! Eu trabalhei foi muito na minha vida, e já passei muita dificuldade brava pra sobreviver e sustentar minhas filhas sem ajuda de ninguém nesse mundo (nem do pai delas, viu. Só do meu pai e da minha mãe mesmo) e continuo trabalhando muito. E se Deus quiser e permitir ainda vou trabalhar muito mais, que minha vida nem começou ainda."

Aprovada em São Paulo uma lei que promete acabar com abusos na maternidade

SP agora tem nova lei para as gestantes; veja

De todos os posts que já escrevi aqui no blog, lembro de um cujos comentários me fizeram chorar, de tristeza, de raiva, de pena, de revolta contra um sistema de saúde que maltrata as mulheres e torna traumatizante um momento que deveria ser absolutamente lindo: o parto. 

Em "Eu fui maltratada na maternidade - e você?", muitas mães e alguns pais abriram seus corações nos comentários e compartilharam experiências horrendas pelas quais passaram durante o nascimento de seus filhos. 

Muitos dos comentários eram de mulheres que estavam em hospitais públicos e imploraram por uma anestesia. Imploraram por alguém que as ajudassem a se sentir melhor, fosse com uma massagem no ombro ou fosse pra subir na maca. Imploraram para terem seus maridos ao lado. E foram ignoradas completamente.

Então, escrevo as informações abaixo pensando justamente nesses leitores aqui do blog - e em todas as mulheres que agora (se Deus quiser!) passarão a ser tratadas com dignidade nos hospitais públicos de São Paulo. E, espero, que em breve no Brasil todo. 


Alguns dos direitos que agora toda a gestante terá (a partir de maio, que é quando a lei entra em vigor):

- Direito à anestesia sempre que solicitarem, inclusive em casos de parto normal, algo que hoje não existe no SUS

- Direito de receberem auxílio para lidarem com a dor sem ser por meio de remédios. Ou seja, devem ter acesso a banho morno, local para fazer exercícios e massagens para aliviar a dor. Lembro de uma leitora que tinha um problema grave na coluna e que foi ignorado pelo médico. Ela conta ter implorado por uma massagem no ombro, que ardia de dor. Todos esses profissionais que a ignoraram agora são obrigados por lei a ajudá-la.

- Direito a ter o chamado Plano Individual de Parto, no qual poderá deixar claro que tipo de parto tem preferência, o tipo de anestesia, além de determinar o nome do acompanhante. O grosso dos comentários reclamava justamente de terem proibido a entrada do acompanhante - algo que é previsto em lei, mas é ignorado em 64% dos hospitais (dados da Rede Cegonha).  

- Direito de manter liberdade de movimento e de escolher a posição que lhe pareça mais confortável durante o trabalho de parto. Muitas mães reclamaram nos comentários do post que citei que tiveram suas pernas amarradas na maternidade.

- Direito ingerir líquidos e alimentos leves. Outra reclamação constante, a de que foi obrigada a ficar em jejum por muitas horas e não tinha forças durante o parto em si. 

- Será favorecido o contato físico precoce entre a mãe e o recém-nascido, após o nascimento, especialmente para fins de amamentação. Por isso, deixe claro e aos quatro ventos que você quer amamentar seu filho logo que ele nascer. E se alguém tentar te impedir, a não ser que haja algum problema com o bebê, exija.

Termino o texto com uma frase da vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), autora do projeto que se transformou nessa promissora lei (se ela realmente for colocada em prática, claro!)
"O objetivo principal do projeto é acabar com uma grande injustiça que tem ocorrido na rede pública de saúde, o desrespeito aos direitos da gestante. O maior exemplo disso é a negativa de anestesia em casos de parto normal. É necessário um tratamento digno desde a entrada no hospital até o momento do parto, o único choro da mulher nessa hora tem que ser o de emoção.